São Paulo, domingo, 6 de abril de 1997
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Demissão em massa é descartada

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM ITABIRA

O gerente de Planejamento a Longo Prazo e Estratégico da Vale do Rio Doce em Itabira, José Eloy Martins, descarta a possibilidade de demissão em massa na companhia após a privatização.
A empresa alega que nos anos 90 passou por quatro fases de redução de custos, o que implicou o corte de mais de 50% dos funcionários próprios e terceirizados.
Em 1990, segundo Martins, a unidade da Vale em Itabira tinha cerca de 8.000 funcionários. Atualmente são 3.900 (próprios e terceirizados) que trabalham nas duas minas em atividade no município.
"Se não estivermos no ponto de equilíbrio, estamos próximos disso", afirma.
No entanto, mudanças podem ocorrer após a privatização. "É difícil prever o que será a privatização, mas alguma adaptação deve ser feita", afirma Martins.
Ele, no entanto, afasta o temor que existe na cidade com relação à redução das atividades mineradoras.
"O medo de acabar e o povo ficar com a banana na mão não vai acontecer", disse.
Martins disse que a privatização está servindo para acordar a cidade. Desde 1942, quando a Vale começou a operar as minas de Itabira, o município sempre ficou esperando muito mais da empresa, o que "inibiu o autodesenvolvimento".
Ele disse que a própria Vale começou a mudar essa relação a partir dos anos 90, deixando de ser a empresa "mãe" da cidade.

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