São Paulo, domingo, 6 de abril de 1997
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Quem vai amarelar?; Ai, que saudade!; Jogo dos punhais; Sobram poucos; Pressa palaciana; Preço da prorrogação; É o tédio; Crista alta; Contra a entrega; Garoto esperto; Samba de uma nota só; Sob fogo cerrado; Laranjas maduras; Parte interessada; Divisor de águas; Capitania hereditária; A próxima vítima; Passando recibo

Quem vai amarelar?
Serjão disse que irá à reunião de líderes amanhã. Afirmou que Geddel Vieira Lima (PMDB) não é capaz de impedi-lo.

Ai, que saudade!
FHC e Luís Eduardo Magalhães devem almoçar amanhã. O pefelista vai reclamar do ataque de Serjão a Temer. O ministro Luiz Carlos Santos também está escalado para atuar como bombeiro entre Temer e Serjão.

Jogo dos punhais
O governo voltou a pensar em votar a reforma administrativa sem abrir exceção no teto de R$ 10,8 mil. A bancada de 140 aposentados também está achando que o acordo feito na última quarta não será cumprido.

Sobram poucos
FHC acha medíocre a atual safra de líderes na Câmara.

Pressa palaciana
Pressionado por ACM, Francelino Pereira (PFL-MG) ficou em Brasília no fim-de-semana. Para redigir o relatório sobre a emenda da reeleição, que será votado a partir de terça.

Preço da prorrogação
O PFL decidiu bancar emenda do deputado Júlio César (PI) ao FEF para compensar municípios e Estados. Seria criado fundo especial para distribuir R$ 1,09 bi a prefeitos e governadores.

É o tédio
A presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara não estimula Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), que prefere a costura das articulações políticas. 'Estou odiando. Detesto ficar sentado", vive repetindo.

Crista alta
Apesar da ansiedade dos ministeriáveis do PMDB, Geddel Vieira Lima diz que a pressa agora deve ser de FHC: "A interinidade nos ministérios só causa problemas administrativos".

Contra a entrega
O PSDB quer que o anúncio dos ministros do PMDB ocorra após o 2º turno da reforma administrativa na Câmara. "O partido mostrou divisão e não podemos arriscar", diz tucano.

Garoto esperto
No mercado financeiro do Rio, Fábio Nahoum (Banco Vetor) é conhecido com "Nadois". É alusão a suposta especialidade em problemas de caixa dois.

Samba de uma nota só
Um cacique pefelista diz que FHC não se importa com as reformas: "A única coisa que interessa a ele é a própria reeleição".

Sob fogo cerrado
Maluf volta ao Brasil na sexta. Pensou em não vir para a convenção do PPB paulista (no próximo domingo), mas viu que seria um desastre político.

Laranjas maduras
Segundo Everardo Maciel (Receita Federal), o Brasil tem a população mais longeva do mundo em toda a história. É que, dos 104 milhões de CPFs existentes, pelo menos 100 mil são de contribuintes com mais de 100 anos.

Parte interessada
Setores do mercado financeiro se dizem céticos com as medidas pontuais contra o déficit comercial. Acham que FHC cria colcha de retalhos, com prós e contras -adiando solução de conjunto.

Divisor de águas
Antes de garantir a reeleição no Senado, FHC não estimulará articulação sobre Congresso revisor em 99. Embora esteja mesmo fechado com a idéia.

Capitania hereditária
O "Diário Oficial" da União de 27 de março exonerou, "a pedido", Miguel Reale do cargo de conselheiro de Itaipu Binacional. E nomeou, para o mesmo posto, o tucano Miguel Reale Júnior. Salário: R$ 1,7 mil.

A próxima vítima
Quem conhece Serjão diz que ele anotou o nome Geddel Vieira Lima (BA), líder do PMDB, em seu caderno de desafetos.

Passando recibo
O senador Fernando Bezerra (PMDB-RN) enviou carta a FHC dizendo que não aceitaria ser convidado para a Secretaria de Políticas Regionais. O presidente já decidiu que a pasta não se transformará em ministério.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
De João Mellão (PFL-SP), sobre o governo abrir mão do teto salarial de R$ 10,8 mil para aprovar a reforma administrativa:
- Os cristãos do Brasil são de um tipo muito especial. Só fazem penitência com os joelhos do vizinho.

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