São Paulo, segunda-feira, 7 de abril de 1997 |
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CPI investigará desaparecimento Motoboy sumiu quando denunciava espancamento FERNANDO BARROS; MARCELO GODOY
"Acho que mataram meu irmão", disse Ivair Severino da Silva, 28. Aldair Silva estava dirigindo uma motocicleta Honda ML-125 em 1º de março passado quando foi parado pelo policiamento de trânsito no cruzamento da avenida Rebouças com a Brasil. Ele e a motocicleta foram levados para um quartel da avenida Marques de São Vicente. A moto foi apreendida porque estava com velocímetro quebrado e com uma letra da placa apagada. Ao pedir uma relação do que existia na moto, o motoboy teria sido espancado pelo tenente Otoni, do trânsito. Ele teria levado socos e chutes. Ele procurou o comandante do 4º Batalhão da PM, tenente-coronel Luiz Nakaharada, que mandou apurar o caso. Durante nove horas, o motoboy foi acompanhado por policiais militares, entre eles, o aspirante Lessa, do 4º batalhão. Às 21h, ele foi levado pelos PMs para o 23º DP, em Perdizes, a fim de registrar a queixa de espancamento. Estava acompanhado por um PM. Na delegacia, conversou com um engenheiro sobre a agressão policial. Depois, não foi mais visto. "Vou levar o caso ao conhecimento da CPI e questionar o que a Secretaria da Segurança e o Comando Geral da PM fizeram. Para mim, é possível que tenham matado o rapaz", disse o deputado estadual Conte Lopes (PPB). A família do rapaz percorreu todos os hospitais das zonas norte, oeste e centro da cidade, além dos postos do Instituto Médico Legal na cidade. Para tanto, foram acompanhados por policiais designados pelos tenente-coronel Nakaharada. Os familiares também prestaram queixa de desaparecimento ao Departamento de Homicídios, que está apurando o caso. (FERNANDO BARROS e MG) Texto Anterior: Policial do Denarc tem "prazo" Próximo Texto: PM é 'incomandável', dizem ex-secretários Índice |
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