São Paulo, quinta-feira, 10 de abril de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Os contratos sem licitação da CPTM

Irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado

- Contratos de R$ 13 milhões para operação de 406 postos de segurança
Segundo o TCE, não há justificativa para a contratação dos postos em caráter emergencial. Além disso, os contratos estariam superfaturados, pois pagam R$ 8,50 por homem/hora, quando o preço que vinha sendo pago era de R$ 4,50

- Contrato de R$ 55,6 milhões para obras e serviços de recuperação
A empresa Inepar S/A, que prestaria o serviço, cedeu parcialmente os direitos relativos ao contrato (no valor de R$ 17,3 milhões) para a construtora Camargo Corrêa. O contrato não estipulou quem escolheria a beneficiária pela cessão

- Contrato de R$ 41 milhões para obras e serviços de engenharia
Nada justificaria o caráter emergencial do contrato, feito com a CBPO. Os serviços tratam de limpeza de bueiros, capina e manutenção que não têm relação com ações de depredação que serviram de justificativa para o contrato

- Contrato de R$ 11,9 milhões para obras e recuperação na "rede aérea"
Houve graves distorções nos preços apresentados nesse contrato e em outro com a Inepar. O mesmo serviço, como o aluguel de trem de serviço, por exemplo, custa R$ 100.000 em um contrato e R$ 600.000 em outro

- Contrato de R$ 55 milhões para reparação de 309 "carros" (vagões)
O contrato teria extrapolado a necessidade da empresa, já que teriam sido depredados apenas 28 vagões e havia, paralisados, 316 vagões. Não haveria, portanto, necessidade de um contrato com caráter emergencial

Texto Anterior: Covas usa depredação para fazer contratos irregulares
Próximo Texto: Covas não comenta
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.