São Paulo, quinta-feira, 10 de abril de 1997
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Pobreza no Brasil diminui 22%, diz Cepal

FRANCISCO CÂMPERA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O número de pessoas pobres no Brasil caiu 22,2% na década de 90. Há seis anos, 45% da população brasileira vivia em estado de pobreza; hoje, são 35%.
O Brasil foi o segundo país da América Latina que obteve melhores índices no combate à pobreza. O Chile ficou em primeiro lugar.
A conclusão é da primeira Conferência Regional de seguimento à Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social, encerrada ontem em São Paulo.
A cúpula foi realizada há dois anos pela ONU (Organização das Nações Unidas), na Dinamarca, com a participação do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Apesar de ter diminuído a pobreza, o Brasil está entre os cinco países latino-americanos -ao lado de México, Colômbia, Peru e Venezuela- com "alta" taxa de pobreza, entre 31% e 50%.
A exceção é o Uruguai, único país que conseguiu resultados positivos na distribuição de renda. O contrário acontece nos países do Caribe, onde a pobreza cresce.
O número de pobres na Argentina e no México aumentou devido às crises econômicas. Mas, segundo a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe), a situação foi temporária e esses países já retomaram o crescimento. Argentina e Uruguai apresentam os menores índices de pobreza: menos de 15%.
Para o secretário-executivo da Cepal, Gert Rosenthal, os resultados ainda são insuficientes para reverter a pobreza no subcontinente. Ele disse que a pobreza caiu no Brasil por causa do Plano Real.
Ontem, a conferência divulgou a carta "Consenso de São Paulo", sugerindo ações contra a pobreza.

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