São Paulo, quinta-feira, 10 de abril de 1997
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Kiri Te Kanawa se apresenta resfriada

IRINEU FRANCO PERPETUO
ESPECIAL PARA A FOLHA

A soprano neozelandesa Kiri Te Kanawa, que completou 53 anos no dia seis do mês passado, trouxe um forte resfriado para o palco do Cultura Artística (na Consolação, região central de São Paulo) na noite de anteontem, fria e com garoa.
Dame Kiri entrou em cena às 21h10, com um vestido negro de generosos decotes e fendas, coberto por capa lilás transparente.
A seu lado, Grant Gershon, regente-assistente de Esa-Pekka Salonen na Filarmônica de Los Angeles, com a missão de acompanhá-la ao piano.
Com seus 1.156 lugares tomados, a sala Esther Mesquita apresentou o habitual desfile de ricos e famosos da burguesia paulistana.
Entre perfumes franceses, roupas de inverno, conversação animada e maquiagem carregada, era possível divisar os atores Paulo Autran e Karin Rodrigues, que apresentam na casa o espetáculo "Para Sempre", que estreou recentemente na cidade.
Por exigência contratual, os programas de Kiri Te Kanawa não são anunciados às pessoas com antecedência. O público foi brindado com canções de Haendel, Vivaldi, Richard Strauss, Berlioz, Liszt, Copland e Bridge, encerrando com árias de ópera de Korngold e Catalani.
Aos aplausos do final, seguiram-se entrega de flores e pedidos de bis.
Enquanto alguns membros da platéia atropelavam outros em busca afoita pela saída, ouviam-se gritos pedindo "ópera".
A cantora pediu desculpas aos presentes por estar resfriada, e anunciou que só poderia entoar mais uma peça.
A obra escolhida para encerrar sua apresentação foi "O mio babbino caro", da ópera "Gianni Schicchi", de Puccini.

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