São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 1997
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Urucum pode ficar fora de leilão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Conselho Nacional de Desestatização (CND) deu aos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul a alternativa de retirar ou não a reserva mineral de Urucum do leilão de venda da Vale do Rio Doce, marcado para o próximo dia 29.
Mas, para isso terão de pagar, com juros e correção monetária, o mesmo valor que a estatal pagou -R$ 17,1 milhões- pela participação acionária de 46% que os Estados detinham na mineradora.
Em reunião realizada ontem, o CND resolveu oferecer aos governadores dos dois Estados, Wilson Campos (MS) e Dante de Oliveira (MT), a possibilidade recomprar a reserva mineral e de obter, em uma licitação pública, o preço justo que reclamam pela Urucum.
Com isso, o governo federal acredita que será resolvida a polêmica levantada pelos Estados em relação ao preço de Urucum e sua implicação no leilão da Vale.
Campos e Oliveira acreditam que o preço real seria de R$ 200 milhões, valor que o BNDES nem pretende discutir.
"O presidente do BNDES, Luiz Carlos Mendonça de Barros, fará uma proposta aos dois governadores de recompra, no prazo de 90 dias, da participação dos Estados na Urucum", disse o ministro do Planejamento, Antonio Kandir, após a reunião do CND.
Segundo Kandir, a proposta não alterará em nada o cronograma de venda ou o valor da Vale. Para o CND, o valor exigido pelos Estados é "sem expressão" no preço mínimo da Vale (R$ 10,3 bilhões).

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