São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 1997 |
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'Saio daqui vivo ou morto'
DA AGÊNCIA FOLHA EM VITÓRIA DA CONQUISTA Condenado a 97 anos de prisão por crimes cometidos em São Paulo, Ceará e Bahia, Antonio Jucivan, 28, disse que não aceita libertar os reféns e se render. "Saio daqui vivo ou morto, mas deixo o presídio."A seguir, os principais trechos da entrevista de um dos líderes da rebelião em Vitória da Conquista (BA) à Agência Folha. * Agência Folha - O sr. considera a possibilidade de se render? Antonio Jucivan - Essa hipótese está totalmente descartada. Saio daqui vivo ou morto, mas deixo o presídio. Não vejo nenhuma diferença entre um morto e uma pessoa que está viva e presa. Agência Folha - O sr. teme uma eventual invasão da polícia ao presídio? Jucivan - Não, a polícia sabe que, se isso ocorrer, vai haver um banho de sangue aqui dentro. Agência Folha - Que presente o sr. gostaria de dar para sua filha que completa hoje (ontem) 8 anos? Jucivan - O melhor presente seria minha liberdade, mas a polícia não quer ceder em nada. Agência Folha - Que mensagem o sr. gostaria de transmitir à sua mulher e seus dois filhos? Jucivan - Que todos fiquem tranquilos. Se eu morrer no presídio ou na fuga, quero que minha mulher cuide com carinho dos meus dois filhos. Agência Folha - O que o sr. acha da pressão psicológica feita pela PM? Jucivan - Isso não altera em nada os nossos planos. A PM sabe que não temos nada a perder. Texto Anterior: PM faz pressão psicológica sobre rebelados Próximo Texto: Barulho de obra incomoda morador Índice |
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