São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 1997 |
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PM faz pressão psicológica sobre rebelados
LUIZ FRANCISCO
Durante toda a madrugada e a manhã de ontem, as sirenes dos carros da polícia foram ligadas de meia em meia hora. A PM também explodiu bombas de efeito moral e instalou atiradores de elite nas casas próximas ao presídio. "A partir de agora, os detentos não vão dormir mais", disse o delegado especial Waldir Barbosa, que está comandando as negociações com os presos do motim. Na noite de anteontem, os detentos libertaram a funcionária pública Maria Aparecida Vidal, 45. Chorando muito, depois das quase cem horas em poder dos detentos, ela deixou o presídio descendo o muro amarrada a uma corda. Colocada em uma maca, a foi transportada em uma ambulância para um hospital da cidade. Os amotinados pediram quatro carros, dez revólveres, duas escopetas, 20 lençóis, duas caixas de bala e R$ 24 mil para libertar os reféns e deixar o presídio. A PM admite atender parcialmente as reivindicações, desde que os amotinados libertem a agente do presídio Kátia Porto, única mulher entre os reféns. Os amotinados concordaram em libertar um dos reféns, mas diziam que seria um homem. A polícia exigia que fosse Kátia Porto. A polícia baiana deve ceder os carros exigidos para a fuga e deixar que os amotinados escolham parte dos reféns a ser usada como escudo para a fuga. O líder da rebelião pediu uma hora de prazo para estudar e resposta. Luz Desde a última terça-feira, a água, energia e telefone do presídio estão cortados. O contato entre o delegado Waldir Barbosa e os líderes da rebelião acontece por uma janela do presídio. Cansados, quatro dos amotinados -entre os quais os líderes Idalmir dos Santos e Antonio Jucivan- aparecerem ontem na entrada principal para conversar com o delegado. Com boné, óculos escuros e rosto e corpo coberto com panos, Santos disse que alguns dos amotinados trocaram de roupa com os reféns para confundir a polícia, no caso de uma eventual invasão ao presídio. Texto Anterior: Assaltos têm 4 policiais mortos em 2 locais da BA Próximo Texto: 'Saio daqui vivo ou morto' Índice |
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