São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 1997
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Líder critica reforma

DA REPORTAGEM LOCAL

Na pauta de reivindicações elaborada pelos líderes dos estudantes e enviada ao ministro Paulo Renato, o primeiro item é um protesto contra a reforma do ensino técnico que está sendo implementada pelo MEC.
Hoje a maior parte das escolas técnicas oferece aos alunos o ensino regular do secundário integrado ao ensino profissionalizante.
A reforma que o MEC pretende realizar -mediante a aprovação de um projeto de lei que tramita no Congresso- divide o ensino dessas escolas, permitindo que elas passem a oferecer apenas o conteúdo técnico.
O argumento do governo é que hoje o ensino técnico, que exige um investimento grande, acaba funcionando como ensino de luxo para o aluno que pretende prestar um vestibular. Hoje, metade dos alunos que concluem o curso técnico vai para o ensino superior. Por outro lado, os estudantes argumentam que o ensino técnico integrado com o secundário forma "cidadãos críticos e não apenas apertadores de parafusos".
Outra proposta é ampliar o número de escolas técnicas e passar a sua administração para Estados, municípios e a iniciativa privada.
Para os estudantes isso seria a "privatização do ensino técnico".
Outra reivindicação diz respeito a um projeto de emenda constitucional do governo que prevê modificações na questão da autonomia das universidades.
O projeto propõe uma maior flexibilidade nas normas para a criação de novos cursos pelas faculdades. Hoje só as universidades têm essa autonomia. Para os manifestantes, a medida é o "início da privatização das universidades".

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