São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 1997
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Grupo só vai pagar compra em 2000

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O HSBC só vai começar a pagar a compra da marca Bamerindus no ano 2000.
O banco vai reservar R$ 380 milhões para pagar esse ágio.
Os recursos ficarão depositados no HSBC e serão pagos em sete anos, com carência de três.
Eles terão a mesma remuneração da caderneta de poupança -TR (Taxa Referencial) mais 6% ao ano.
O ex-dono do Bamerindus, senador José Eduardo de Andrade Vieira (PTB-PR), não gostou da forma de pagamento acertada com o Banco Central.
"É um absurdo. O Hongkong vai pagar o quê? Nos três anos de carência, ele vai ganhar mais de R$ 1 bilhão e depois vai pagar os R$ 380 milhões em parcelas", disse.
Andrade Vieira disse que o documento do Banco Central encaminhado ao Senado não aponta as outras propostas discutidas entre os técnicos do banco e do governo.
Segundo o senador, a proposta que é criticada pelo Banco Central foi construída em conjunto e ele mesmo chegou a dizer ao presidente do BC, Gustavo Loyola, que R$ 6,5 bilhões em recursos do Proer eram um volume muito grande de financiamento.
"Ele nunca rebateu isso", afirmou à Folha.
Documento
No documento encaminhado ao Senado, o Banco Central argumenta que o projeto de saneamento do Bamerindus não se enquadrava no Proer e tornava remota a possibilidade de recuperação da credibilidade da instituição.
"Referida proposta não contemplava qualquer aporte de recursos próprios dos acionistas controladores para capitalização da instituição, tornando-a totalmente dependente de recursos públicos", segundo informa o documento.
O HSBC assumiu passivos e ativos no valor de R$ 10 bilhões. O novo banco vai ter um prazo de seis meses para adquirir um total de R$ 200 milhões em imóveis.

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