São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 1997 |
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Franceses ficam sem jornais
MARTA AVANCINI
A greve foi um protesto contra o corte das verbas governamentais que são repassadas aos jornais e para reivindicar a aposentadoria aos 55 anos para a categoria. Hoje, os trabalhadores do setor se aposentam aos 60 anos. Nenhum dos jornais de circulação nacional, entre eles "Le Monde", "Le Figaro" e "Libération", chegou às bancas. Juntos, os três têm uma tiragem diária de cerca de 1,1 milhão de exemplares. "A greve é uma maneira de alertar a população sobre o que pode acontecer ao setor", disse em entrevista à Folha o presidente federação, Michel Muller. Segundo ele, o corte de cerca de 18 milhões de francos franceses (o equivalente a US$ 3,2 milhões) das verbas estatais destinadas aos jornais pode gerar demissões. Apenas a título de ajuda direta, o governo repassou, em 96, cerca de 52 milhões de francos franceses (US$ 9,5 milhões) aos jornais. Muller estima que os jornais franceses empregam cerca de 12 mil gráficos. Desses, 80% aderiram ao movimento. "Foi a maior greve dos últimos 20 anos." A proprietária de uma banca de jornais no bairro do Marais, em Paris, disse que a greve causou prejuízos. "Só do 'Le Monde', vendo pelo menos 50 exemplares por dia", disse Dominique Emain. Texto Anterior: Hamas quer aumentar ataques com pedras e coquetéis Molotov Próximo Texto: Cohen vê unificação coreana Índice |
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