São Paulo, sábado, 12 de abril de 1997
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Protesto lembra Vigário Geral

DA SUCURSAL DO RIO

Moradores de Vigário Geral, liderados pela organização não-governamental Casa da Paz, promoveram ontem na porta do Tribunal de Justiça uma exposição de fotos sobre a chacina ocorrida na favela do bairro em 30 de agosto de 1993.
O evento ocorreu enquanto promotores, advogados de defesa e o juiz José Geraldo Antônio, no plenário do 2º Tribunal do Júri, assistiam a reportagens de televisão sobre o caso, em que apareciam imagens das 21 vítimas da chacina.
As reportagens exibidas -das Rede Globo e Bandeirantes- fazem parte dos autos do processo.
Dênis Paiva, instrutor de teatro da Casa da Paz, disse que o objetivo da exposição é não deixar que o caso seja esquecido. "Acreditamos que uma estratégia das defesas é ir adiando o julgamento para que as pessoas esqueçam o que aconteceu", afirmou.
Manifestantes levaram cartazes criticando a demora no julgamento. A maioria dos acusados é formada por PMs e é suspeita de integrar um suposto grupo de extermínio, os "Cavalos Corredores". O primeiro julgamento do caso está marcado para quarta.
O processo, nesta fase, tem 17 réus, mas deverá ser desmembrado. A Folha apurou que o primeiro a ser julgado deverá ser o ex-policial Paulo Roberto Alvarenga. Ao todo, 51 homens são acusados.
Segundo o Ministério Público, o massacre aconteceu em represália aos assassinatos de quatro PMs, ocorrido na praça Catolé do Rocha, na véspera da chacina.

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