São Paulo, sábado, 12 de abril de 1997
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Consultor faz 'top 50' das beneficentes

MARCOS PIVETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

O consultor de empresas Stephen Kanitz, que por 23 anos coordenou o levantamento das maiores e melhores empresas do país para uma revista de economia, elaborou uma lista das 50 melhores entidades beneficentes sem fins lucrativos do país.
O trabalho relaciona as 50 entidades, mas evita hierarquizá-las, não estabelecendo uma ordem de eficiência entre elas.
A maior parte das entidades (16) presta assistência a crianças e/ou jovens.
Outro grande filão representado na lista foram as instituições que auxiliam a deficientes, físicos e/ou mentais. Oito instituições dessa natureza foram escolhidas.
As 50 entidades ajudam diretamente 6 milhões de pessoas e indiretamente mais 8 milhões.
Em 10 de junho, as entidades escolhidas vão receber o "Prêmio Bem Eficiente", em reconhecimento aos seus bons serviços.
O prêmio será anual e as 50 entidades escolhidas em 1997 não poderão participar da iniciativa pelos próximos dois anos.
"Queremos renovar a lista dos premiados, pois acreditamos que haja, pelo menos, 150 entidades bem-administradas no país", disse Kanitz, 50.
"Uma entidade que não entrou na lista não é, necessariamente, ineficiente. Tem muita gente boa que agora ficou de fora."
O levantamento, que envolveu uma equipe de dez pessoas, demorou um ano para ser feito. Sete empresas (Banco Dibens, DPascoal, Grupo Orsa, Intermédica Saúde, Natura, Tam e grupo Ticket) patrocinaram o trabalho, que consumiu R$ 110 mil.
Para chegar às 50 melhores entidades, Kanitz primeiro recolheu, por escrito, com 1.200 pessoas, indicações de instituições que elas consideravam sérias.
Foram indicadas 600 entidades, às quais foi enviado um questionário com 42 itens, como situação financeira e os salários dos funcionários. Apenas 230 entidades responderam a todas as questões.
Portanto, para selecionar as 50 melhores, o trabalho comparou dados apenas dessas 230 instituições pré-qualificadas.
O consultor evita divulgar os 42 itens. Ele acha que a divulgação poderia influenciar o trabalho das entidades. Ele, no entanto, afirmou que os itens podem ser resumidos em sete temas: repasse de recursos, transparência, eficiência, organização, finanças, cumprimento legal e reconhecimento de terceiros.
Além da análise objetiva dos 42 itens, as 230 empresas passaram por um julgamento mais subjetivo, a cargo de uma comissão de sete pessoas. Um dos membros da comissão foi o corresponde da Folha em Nova York Gilberto Dimenstein.

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