São Paulo, sábado, 12 de abril de 1997 |
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Cardápio do Brasil 'atrai' a pivô Marta Atleta passa férias no país EDGARD ALVES
Vice-campeã em Atlanta-96, Marta voltou ontem a Santo André, onde reencontrou a família e vai matar a saudade do "café com leite, arroz, bife e cebola". Marta atuou no primeiro campeonato da American Basketball Association. Defendeu o Richmond Rage, vice-campeão. * Folha - Você está de volta ao basquete brasileiro? Marta de Souza Sobral - Não. Vou ficar uns três meses e volto para jogar mais um ano nos EUA. Também quero estudar inglês. Folha - A seleção disputará na Copa América uma vaga para o Mundial. Gostaria de ser chamada? Marta - Estou à disposição, mas é preciso pedir liberação para o Richmond Rage, na Virgínia. Folha - Quando você foi para os EUA, ficou com o adiantamento salarial do Seara sem ter jogado pelo time. Como ficou essa pendência? Marta - É coisa do passado. Folha - Mas essa questão não influirá numa convocação? Marta - Não vou falar disso. Sei que o (técnico Antônio Carlos) Barbosa assumiu a seleção, e me dou bem com ele. Folha - Já foi sondada por aqui? Marta - Pelo BCN, de Piracicaba. Um contato informal. Folha - Teve problemas na ABL? Marta - Eu temia problemas por não falar inglês, mas foi fantástico. Todos me trataram bem, me conheciam da Olimpíada, tanto as jogadoras como a torcida. Em todo lugar, tinha de dar autógrafo. Folha - Como é o basquete feminino nos EUA? Marta - A torcida acompanha e dá força, quer saber tudo. O jogo é mais pesado do que aqui, as jogadoras são mais fortes. Folha - O treino é mais puxado? Marta - Só se treina uma vez por dia. Às vezes, fazíamos trabalho de musculação. É marcado o horário e o local do treino. Tem multa para cada minuto de atraso. Não fui multada nenhuma vez. Depois de jogo, um dia de folga. Folha - Como eram as viagens? Marta - Senti a diferença porque viajávamos só de avião. Era proibido usar agasalho ou jeans nas viagens. Você tinha se apresentar bem vestida. Folha - O time dava alojamento? Marta - Alojamento era por conta. Aluguei uma casa, com a Adrienne Goodson, que jogou anos aqui no Brasil. Folha - Quem cozinhava? Marta - Não me adaptei com o fogão de lá. Fazia alguma coisinha em casa, mas também comia em restaurante, lanchonete. Folha - Financeiramente, a experiência compensou? Marta - Não foi excepcional, mas deu para fazer uma economia. O importante é que foi bom no geral. Participei do concurso de três pontos no All-Star Game, não ganhei, mas estava lá. Texto Anterior: De La Hoya e Whitaker lutam para quase 20 mil torcedores Próximo Texto: Índice move corredores no GP Brasil Índice |
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