São Paulo, sábado, 12 de abril de 1997
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Livro de Moacyr Scliar é biografia romanceada

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Oswaldo Cruz e Moacyr Scliar, autor da biografia romanceada "Sonhos Tropicais", têm, pelo menos, algo em comum: ambos são médicos de saúde pública.
A idéia de escrever uma obra sobre o sanitarista que causou uma revolta do início do século não havia passado pela cabeça de Scliar até que Luiz Schwarcz, diretor da Companhia das Letras, propôs que ele produzisse um texto sobre a Revolta da Vacina.
"Até aquela ocasião, eu nunca havia pensado em Oswaldo como uma figura para ser utilizada na ficção. Ele era conhecido, porém distante. Mas o Schwarcz me convenceu", confessa Scliar.
Leia abaixo trecho da entrevista do escritor à Folha.
*
Folha - Por que escrever um livro sobre Oswaldo Cruz?
Moacyr Scliar - Ele é um personagem absolutamente maravilhoso. As coisas que aconteceram com ele são fantásticas e paradigmáticas. Era um homem relativamente jovem, idealista, um cientista animado por bons propósitos e que conseguiu desencadear uma rebelião popular contra ele.
Folha - O livro é uma biografia desse médico?
Scliar - É uma biografia romanceada, não chega a ser uma biografia clássica. Há um narrador, um médico contemporâneo que estudou a vida de Oswaldo. A figura de Oswaldo surge para o leitor mediada pelo olhar desse narrador. Mas os fatos ali descritos são tirados de jornal e textos da época.
Folha - O senhor chegou a ler o roteiro do filme "Sonhos Tropicais"?
Scliar - Não tinha entendido porque, até agora, não haviam feito um filme sobre Oswaldo Cruz. Eu revisei o roteiro, achei-o muito bom. O Bonassi é um belo roteirista e creio que dá para fazer um grande filme.

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