São Paulo, sábado, 12 de abril de 1997 |
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Figurino de 'Cinderela' provoca boas risadas
MÔNICA RODRIGUES COSTA
Com "Cinderela", musical dirigido por José Roberto Caprarole e Paulo Perez, não é diferente. A madrasta (Briza Nogueira) e as irmãs Anastácia (interpretadas por Giselle Rondelle e Drizella Telma Dias) são três mulheres saltitantes e nervosas -ótimas atrizes-, que fazem o público infantil rir muito, por um lado, e ficar indignado com suas maldades, por outro. O mais interessante na caracterização das três é o figurino esdrúxulo. As perucas das personagens, criadas por Márcio Mahakala, por exemplo, aumentam de tamanho no decorrer do enredo. No começo, o visual é mais contido. Quando as peripécias conduzem ao fracasso de seus planos -elas estão perdendo para a futura princesa na conquista do príncipe-, as personagens assumem um visual de cartum, e é impossível não dar boas risadas. O rei, interpretado pelo ator Ricardo Calmon, do espetáculo também é especial. Ele é trapalhão como no desenho animado da Disney, mas não tão sonolento. Acabamento "Cinderela" tem bom acabamento. Cheia de detalhes, dos bichinhos amigos da princesa ao gato que inferniza sua vida, há charme na montagem, ainda que tudo seja muito parecido com o desenho da Disney. A abóbora vira mesmo carruagem. O vestido roto transforma-se em traje de baile. Os efeitos especiais da cenografia, de Edson Thomé, bem realizados, incluem um teatro de sombras e truques de cenário que dão dinamismo à montagem. O restante da ação é completado por coreografias. Mas é pena que a maioria delas aconteçam num registro redundante, o que provoca surpresa, pois seu criador é Paulo Perez. Perez foi indicado como um dos melhores coreógrafos da temporada de teatro infantil, em 1996, pelo Prêmio Coca-Cola de Teatro Jovem, devido ao trabalho em "Alice no País das Maravilhas", também da companhia Escala. Peça: Cinderela Direção: José Roberto Caprarole e Paulo Perez Elenco: Briza Nogueira, Ricardo Calmon, Erondine Magalhães, Giselle Rondelle, Marcelo Laham, Silvia Ferreira e outros Onde: Teatro Paiol (rua Amaral Gurgel, 164, tel. 221-2462) Quando: Sábados e domingos, às 16h Quanto: R$ 10 Texto Anterior: Queen e Aids rendem aplausos a Maurice Béjart Próximo Texto: Joyce "celebra encontro" com Quarteto Livre no Memorial Índice |
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