São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 1997 |
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Fila irrita parentes no presídio de PMs Romão Gomes se torna 'atração turística' FABIO SCHIVARTCHE
Segundo a maioria dos familiares, o motivo da espera de até duas horas é a chegada ao presídio dos PMs envolvidos nos crimes de Diadema. Eles estão presos no Romão Gomes desde o dia 1º de abril, mas só na semana passada todos os parentes conseguiram autorização para a visita de domingo. Ontem, as portas do presídio abriram às 8h. No horário de pico, por volta do meio-dia, havia cerca de 500 pessoas na fila. "Mudou muito desde que eles (os PMs de Diadema) chegaram. Antes, quase não tinha fila. Hoje (ontem), esperei duas horas na fila para poder entrar", afirmou a dona-de-casa Elida Teixeira de Oliveira, 27. Ela foi visitar seu primo, acusado de ter assassinado a mulher durante uma briga. "Foi um tiro acidental", diz Elida. Os policiais de Diadema estão na subseção do presídio, uma espécie de área de triagem onde vivem hoje cerca de 50 presos. Há outros 250 na área chamada de "administração" -a carceragem normal do Romão Gomes. Atração O empresário Édson Mangueira, 37, que visita quase todos os domingos um amigo preso, afirma que desde a chegada dos PMs de Diadema o presídio virou uma "atração turística". "A rua está muito mais cheia de gente e tive de deixar o carro longe da porta de entrada. Ouvi gente dizendo que tinha ido visitar seu parente só para tentar ver os policiais de Diadema", disse. A dona-de-casa Cassiana Domingues, 24, reclamou do desconforto na subseção do Romão Gomes, onde está seu irmão, um policial rodoviário acusado de tentativa de homicídio. "Estava um grande tumulto lá dentro." Policiais responsáveis pela segurança na portaria do presídio, que não quiseram se identificar, disseram que o movimento ontem foi normal. Texto Anterior: 'Acareação' pode mudar cúpula da PM Próximo Texto: Presos se rendem e soltam reféns na BA Índice |
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