São Paulo, terça-feira, 15 de abril de 1997
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O melhor de Brasília

NELSON DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Brasília se prepara para os sem-terra. ACM, ninguém menos, era todo sorriso, sinais de positivo, ontem na TV Senado. Conversava com Eduardo Suplicy:
- Combinamos receber a comissão dos sem-terra às 9h30. Serão recebidos.
Mais significativo:
- Todo apoio será dado. Vossa Excelência salientou que o som era deficiente para tanta coisa. Esse som, o melhor que tiver em Brasília, nós arcaremos com as despesas, para propiciar ao MST uma audiência até maior.
Falava de um show na Esplanada dos Ministérios.
Não agiu diferente o ministro da Reforma Agrária, na Manchete. Debatia com Gilmar Mauro, líder sem-terra. O ministro derramou-se em mesuras:
- Não me oponho a nada do que você diz. E acho iniquidade tudo isso que está aí, e volto minha vida para servir a esses ideais... Temos a mais absoluta afinidade. É uma vergonha o que foi feito com a maioria desse povo.
Só se perdeu quando o mediador, diante de tamanha afinidade, perguntou se participaria da marcha. Relutando, disse não.
*
Esquecida a outra CPI, ganha espaço a CPI da violência. Em lugar de Roberto Requião, Afanásio Jazadji, de intuito diverso. Dele, na CNT, sobre Diadema:
- Aquele Adriano tem 11 meses de PM. Era a primeira batida dele à noite. Ele chorou. O cabo Munhoz também. Era a primeira vez que trabalhava com a equipe. Aquele sargento que aparentemente furava um pneu disse, chorando, que nada aconteceu. Que percebeu uma mancha de sangue e, com uma tampinha, foi mexer para saber.
Como choram, os inocentes PMs. E mais:
- A PM tem prestado grandes serviços. Mas tem gente que, maldosamente, está generalizando.
É uma CPI atrás da outra.

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