São Paulo, terça-feira, 15 de abril de 1997
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Para Sampaio, não houve extorsão

DA REPORTAGEM LOCAL

O deputado estadual Carlos Sampaio (PSDB), presidente da CPI de Diadema, disse ontem que, depois de rever diversas vezes a fita com as imagens de violência dos PMs, é possível concluir que não houve extorsão.
Segundo ele, a fita bruta, sem edição, mostra os policiais pegando dinheiro das vítimas, contando, mas logo depois devolvendo as notas. "Outra informação que estamos revendo é a do policial que teria furado os pneus do carro de
uma vítima, pois o motorista saiu dirigindo normalmente", disse.
Escalas
O soldado da PM Marcos Paulo Evaristo, que fazia plantão na 2ª Companhia de Diadema, mas não participou das blitze dos policiais filmados pela TV, estava na região fazendo patrulhamento no dia da morte do conferente Mario José Josino.
A informação foi divulgada ontem pelo coronel Rubens Casado, novo comandante do 24º Batalhão, aos deputados integrantes da CPI de Diadema.
"O nome do soldado não constava na escala de plantão no prontuário, mas ele estava fazendo patrulhamento sozinho em um carro", disse Sampaio.
Ele e outros três membros da comissão visitaram ontem a sede do 24º Batalhão em busca de mais informações.
Participaram os deputados Alberto Calvo (PSB), vice-presidente da CPI, Jamil Murad (PCdoB) e Rosmary Corrêa (PMDB), relatora da comissão.
O deputado Elói Pietá (PT), integrante da CPI, já havia visitado o 24º Batalhão por duas vezes, na semana passada, e optou por não ir novamente.
Os parlamentares não conseguiram muitas informações novas na diligência de ontem.
O histórico dos últimos seis meses das escalas de plantão dos dez PMs envolvidos não ficou pronto e só deve ser concluído nas próximas 48 horas.
"Queremos saber que tipo de trabalho faziam esses policiais para tentar verificar se o comportamento deles nos três dias da filmagem da TV foi o habitual", disse Rosmary.

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