São Paulo, quarta-feira, 16 de abril de 1997
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Requião vê divisão do lucro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O relator da CPI, Roberto Requião (PMDB-PR), disse ter descoberto como funciona a distribuição dos lucros pelo esquema de corretoras que negociava títulos públicos, envolvendo os tomadores finais (grandes bancos ou fundos).
Segundo a suspeita -sem provas- levantada pelo relator, os lucros das cadeias de negociações com títulos entre as empresas investigadas seriam divididos entre o esquema e os tomadores finais.
Ontem, também como parte das investigações sobre a suposta participação de grandes bancos, a CPI aprovou a convocação do operador da mesa do Bradesco e dos donos da empresa Paper (hoje Arjel), que fez a maior parte das negociações com o banco.
"Quando rastreamos e descobrimos duas empresas com lucros, uma beneficia quem montou o esquema e a outra beneficia o tomador final. Se houver lucro em dois momentos da cadeia, temos dois ladrões", disse Requião.
Requião disse que chegou à conclusão a partir de informações de duas pessoas que atuam no sistema financeiro. Essas pessoas prestaram depoimento secreto ao relator.
A CPI decidiu ontem convocar novamente Fausto Solano Pereira, dono da distribuidora Boa Safra. Os senadores também estudam formas de tornar indisponíveis os bens de Pereira e de envolvidos que são donos ou administram empresas não financeiras.
Pereira será submetido a acareação com o dono da distribuidora Split, Enrico Picciotto, e o dono da IBF Factoring, Ibraim Borges Filho.

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