São Paulo, quarta-feira, 16 de abril de 1997
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Análise indica nova jazida de cobre e ouro

DA SUCURSAL DO RIO

A Vale deve anunciar hoje que concluiu as análises de mais 11 furos feitos na área de Corpo Alemão, em Carajás (PA), e que os resultados continuam promissores quanto à existência no local de uma importante jazida de cobre e ouro associados.
A Folha obteve com exclusividade informações de que as pesquisas até agora concluídas levam a Vale a trabalhar com a hipótese de haver uma formação de cobre e ouro de grandes proporções.
Segundo o vice-presidente de Relações com o Mercado da Vale, Anastácio Fernandes, até agora já foram feitos em Corpo Alemão 23 furos, dos quais 9 deram resultados positivos, com a presença de mineralizações de cobre e ouro.
O presidente da Vale, Francisco José Schittino, já havia dito no início do ano que as perspectivas em Corpo Alemão são da existência de uma jazida de "classe mundial".
Corpo Alemão fica na área da mina de ouro de Igarapé-Bahia, já em exploração pela Vale, de onde a empresa retira por ano dez toneladas de ouro.
A mina de Igarapé-Bahia e Corpo Alemão ficam em uma área de exploração conjunta da Vale com o BNDES, sob regime de contrato de risco. O BNDES é dono de um terço do que for encontrado.
Anastácio Fernandes disse que os resultados já obtidos estimulam a Vale a manter um programa acelerado de avaliação da área, com sete sondas operando no local.
Ele disse que estão programados para até o final deste ano mais 30 furos, no total de 24 mil metros lineares de sondagens. De acordo com Fernandes, é possível que com mais esses 30 furos a empresa consiga fazer uma avaliação preliminar das dimensões da jazida.
Em janeiro deste ano as informações sobre Corpo Alemão chegaram a levar o BNDES a encomendar uma avaliação para definir se seria necessário rever o preço da Vale. No final, foi concluído que ainda não havia como definir o valor da formação e que por isso não seria necessário rever o preço.
Mas as pressões decorrentes da existência da jazida levaram o governo a adotar para toda a região de Carajás o regime de contratos de risco, pelo qual o BNDES será dono de 50% do que for encontrado em 104 áreas de pesquisas de ouro, prata e outros minerais.

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