São Paulo, quarta-feira, 16 de abril de 1997
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Comissão acha indícios em AL

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CPI dos Precatórios obteve cópias de correspondências do ex-secretário de Fazenda de Alagoas José Pereira de Sousa e subordinados determinando a entrega direta de R$ 59,354 milhões em títulos para empreiteiras e instituições financeiras.
Entre as instituições estão a Perfil (R$ 5,07 milhões) e a Mercado (R$ 407 mil), suspeitas de integrar o esquema dos títulos.
O maior lote de títulos, avaliado em R$ 20 milhões, foi entregue à Construtora e Pavimentadora Sérvia, por meio de carta enviada à Cetip em 20 de março de 96.
Outras empreiteira, a Construtora Queiroz Galvão, recebeu um pagamento de R$ 10 milhões, autorizado em 1º de abril de 96.
A CPI determinou que obriga prefeitos e governadores devem enviar cópias de todas as ordens de venda ou entrega de títulos feitas em 95 e 96.
Outro alvo da CPI é o empresário goiano Cláudio Antônio de Pádua Freitas, que recebeu quatro ligações telefônicas da Vetor Corretora e uma da distribuidora Negocial, liquidada pelo Banco Central pelo envolvimento no esquema de comercialização de títulos.
Além disso, dois cheques de R$ 100 mil foram emitidos pela SMJT -uma das "laranjas" do esquema- para a Sicmol, empresa dos sogros de Freitas.
O empresário goiano conseguiu acesso ao governo pernambucano, a quem apresentou a proposta de emissão de títulos idealizada pelo Banco Vetor.

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