São Paulo, quarta-feira, 16 de abril de 1997
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Pesquisa será feita no Brasil

AURELIANO BIANCARELLI
DO ENVIADO ESPECIAL

Os efeitos do comprimido Viagra começam a ser testados em pesquisas no Brasil no segundo semestre. Já há estudos em vários países da Europa e nos EUA. Segundo os médicos, o remédio se encontra em fase 3 de pesquisa -uso em grupos de pessoas- e deve passar para a fase 4, com grande número de pacientes.
Como os efeitos colaterais atingem entre 10% e 20% dos pacientes -a maioria dor de cabeça- acredita-se que o remédio será aprovado em seguida.
O sildenafil oral inibe uma enzima chamada fosfodiesterase do grupo 5, que predomina no corpo cavernoso. A fosfodiesterase quebra a ação de outra enzima -chamada GMP-cíclico-, facilitadora da dilatação das artérias do corpo cavernoso e relaxadora do músculo liso.
Ao inibir a fosfodiesterase, a droga favorece a entrada de sangue no pênis e a consequente ereção. O uso de medicamento por via intracavernosa -uma injeção aplicada no pênis- e por supositório intra-uretral, também foram tema de estudos no congresso de Nova Orleans. Os índices de sucesso chegam a 85% no primeiro caso e quase 70% no segundo.
O Caverject, do laboratório Upjohn -injeção de alprostadil-, vem sendo usado há dois anos. Só no Instituto H. Ellis, cerca de 250 pacientes fazem uso da droga.
Muito mais barata, a papaverina associada à fentolamina é bastante empregada em ambulatórios da rede pública.

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