São Paulo, quarta-feira, 16 de abril de 1997
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Conheça as razões da crise

DA REPORTAGEM LOCAL

A decisão da Cosipa (Companhia Siderúrgica Paulista) de dispensar a contratação dos avulsos -trabalhadores ligados ao sindicato dos estivadores- e realizar a carga e descarga de navios com mão-de-obra própria no seu terminal privado foi o estopim da atual paralisação no porto de Santos.
A empresa, privatizada em agosto de 93, anunciou que não mais utilizaria os avulsos a partir do dia 2, após obter decisão favorável do TST (Tribunal Superior do Trabalho). O tribunal se baseou em portaria do Ministério dos Transportes, de fevereiro de 95.
Para protestar contra a medida adotada pela Cosipa, 26 trabalhadores avulsos invadiram dois navios -o Marcos Dias e o Vancouver-, onde permaneceram durante 13 dias.
A decisão da Cosipa pode beneficiar outros terminais privados do porto de Santos, que também querem usar seus próprios trabalhadores nas operações de embarque e desembarque. A Ultrafértil e a Cutrale já recorreram à Justiça.
A utilização dos trabalhadores avulsos é obrigatória no porto de Santos. O recrutamento é feito pelo sindicato por um sistema de sorteio. Os trabalhadores querem também manter o privilégio nos terminais privados.

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