São Paulo, quarta-feira, 16 de abril de 1997 |
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Aparelho é 'escritório' de jardineiro
JOSÉ MASCHIO
Santos mora em uma chácara na zona leste da cidade. Distante 1.500 metros do primeiro ponto de ônibus, sem carro e trabalhando como jardineiro autônomo, ele disse que sua opção pelo celular foi "natural". "Vejo muita gente usando o celular para mostrar que é bacana; eu tenho o aparelho como meio de vida, pois com ele consigo trabalhos que perderia por falta de comunicação." Engenhoso, Santos adaptou um "porta-celular" para sua bicicleta e outro (usado na cabeça, com o aparelho acoplado ao ouvido) para utilizar quando trabalha com cortador de grama. "O cortador de grama é muito barulhento e eu perdia serviços por não ouvir as chamadas", justifica. Santos disse que, quando comprou o celular, foi criticado até mesmo por amigos. Segundo Santos, depois de adquirir o celular, seus rendimentos aumentaram 40% ao mês. Ele disse que tem hoje uma renda mensal líquida como jardineiro de R$ 500,00, com despesa mensal de celular em torno de R$ 45,00. Santos afirma que o segredo para pagar pouco ao mês é "só utilizar o celular para receber pedidos de orçamento; ligações pessoais só em caso de emergência". (JM) Texto Anterior: Sercomtel quer saturar mercado de celular Próximo Texto: Telefone chega antes de regularização de lote Índice |
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