São Paulo, quarta-feira, 16 de abril de 1997
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Entidade cobra verba de sustento

Patrocínio não foi renovado

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, Roberto Gesta, foi ontem a Brasília cobrar do ministro das Telecomunicações, Sérgio Motta, recursos para manter o atletismo nacional.
A CBAt recebeu na última temporada R$ 2,2 milhões de um contrato de patrocínio com a estatal Telebrás. Este ano, espera obter R$ 2,5 milhões, mas o contrato ainda não foi renovado.
Segundo Gesta, a confederação tem dívidas nos bancos Safra e Rural no valor de R$ 400 mil. Esses empréstimos foram tomados, segundo ele, para manter a entidade funcionando e na manutenção de programas de treinos.
"Nós temos o Mundial de Atenas. Precisamos continuar preparando as equipes e realizar mais três seletivas para definirmos os atletas, mas tudo depende de patrocínio. Tenho certeza que o ministro vai entender a situação."
Nesta temporada, além do Mundial de Atenas (de 1º a 10 de agosto), estão previstos pelo calendário internacional os Mundiais de pista coberta, em Paris, e os de meia-maratona e cross-country, além do torneio Sul-Americano.
A primeira seletiva do Mundial aconteceu no último fim-de-semana, em Porto Alegre, com co-patrocínio do governo gaúcho.
A CBAt paga mensalmente uma mesada de R$ 1.000 para 17 atletas, de acordo com o desempenho nos Jogos Olímpicos e Mundiais e os resultados em outras competições nas duas últimas temporadas.
"Fora isso, temos atletas que ficam aqui o ano todo. E temos ainda a responsabilidade de manter técnicos de alto nível."
Outras fontes
Em fevereiro último, Gesta fechou acordo com a Fila para o fornecimento de uniformes e material esportivo aos atletas nas competições internacionais.
Pelo contrato, válido até dezembro de 2000, a CBAt recebe uma verba anual de R$ 220 mil.
Existe ainda o convênio com a Xerox, que mantém programas de iniciação esportiva no Rio, São Paulo e Manaus.
Nos últimos anos, graças a apoio governamental e de outras entidades, a CBAt conseguiu construir o Centro de Treinamento de Manaus (Amazonas), considerado o melhor local para preparação de atletas no Brasil.
"Nossas instalações não são suntuosas. Mas podemos receber e acomodar com conforto mais de 300 atletas."
A confederação também quer dinheiro para trazer mais técnicos estrangeiros, especialmente os cubanos (leia texto abaixo ) para preparar os atletas brasileiros.
"Cuba hoje exporta técnicos para o mundo todo. Não podemos ficar para trás se quisermos ter um atletismo forte."

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