São Paulo, quarta-feira, 16 de abril de 1997
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Soft ajuda a defender direitos humanos

LUCIA REGGIANI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos mais conhecidos e utilizados programas de criptografia é o "Pretty Good Privacy" (PGP). É por meio dele que organizações de direitos humanos têm sido contatadas para receber denúncias.
O "PGP" foi criado por Philip Zimmermann em 1991 e é utilizado basicamente para três coisas: encriptar e-mails e arquivos de forma que só o destinatário possa decriptar e ler, assinar textos para garantir a origem da mensagem e proteger arquivos confidenciais.
O programa permite criação de frase-senha, mais difícil de quebrar que a palavra-senha.
Recomenda-se construir uma frase-senha escolhendo cinco palavras aleatórias de um dicionário de pelo menos 10 mil palavras. Podem-se colocar espaços entre as palavras e utilizar maiúsculas.
Com base em sua chave secreta, o "PGP" calcula uma assinatura diferente em cada mensagem enviada. A assinatura prova que a mensagem veio do remetente, mas não prova que o remetente criou o texto da mensagem.
Assim, se a mensagem de origem foi alterada no meio do caminho, a assinatura vai mudar e não dará a saída do arquivo.
Na Internet
O "PGP" foi feito para DOS, está na versão 2.6.3i e pode ser capturado na Internet no endereço http://www.ifi.uio.no/pgp/.
Vários programas dão a ele a cara do "Windows". Um deles, o "AEgis Pretty Good Privacy Windows Shell", pode ser encontrado no site http://www.seattle- webworks.com/pgp/.
Para Macintosh, há uma lista de derivados de "PGP" no endereço http://www.shopmiami.com/ prs/fritz/macpgp.htm.
No site comercial do "PGP" (http://www.pgp.com) pode ser encomendado por US$ 49,95 o "PGPFone 2.0" para Mac. Além de encriptar arquivos, o programa protege conversas a dois.
A versão 2.6.3i é a internacional, para circular fora dos Estados Unidos e Canadá. É que os EUA e outros governos não permitem a exportação de algoritmos e chaves de criptografia acima de 56 bits.
O governo norte-americano alega que chaves muito seguras impediriam seu acesso a dados de traficantes de drogas e terroristas.
A questão rendeu uma lista de organizações contra a intromissão do Estado no site do "PGP".
(LR)

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