São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 1997
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Softs ganham mais poder e concorrem com a TV

DA REPORTAGEM LOCAL

A vida do cibernauta melhorou muito com as versões 3.0 dos navegadores, mas tende a ficar ainda mais emocionante com os 4.0 que vêm por aí.
Na semana passada, enquanto a Netscape lançava a terceira versão beta (para testes) do "Communicator", que inclui o "Navigator 4.0", a Microsoft apresentava a versão prévia do "Explorer 4.0".
Na verdade, a Netscape criou um pacote de programas espertos que inclui, além do navegador, o "Messenger", para correio eletrônico, o "Collabra", para grupos de discussão, e o "Composer", para editar páginas.
Traz ainda o "Conference", que substitui o "CoolTalk" nas conversas faladas e escritas pela rede.
Outros programas integram a versão profissional, como o "Calendar" (agenda) e o "AutoAdmin" (personalizador).
Na onda dos softs que caçam informação na rede para o usuário, chega no próximo semestre o navegador "Constellation", também da Netscape, com o "pusher" "Castanet" embutido.
Também abraçando essa tecnologia, o "Internet Explorer 4.0", da Microsoft, avisa quando há novidades nos sites prediletos e permite programação do horário para a chegada dos dados.
Mas o mais importante do "Explorer" é sua integração com o sistema operacional. Dá acesso ao disco rígido e toma conta da barra de tarefas do "Windows 95" enquanto o usuário está conectado.
Nessa nova versão, estão incluídos programa de correio eletrônico, um editor de páginas na rede, e um "NetMeeting" remodelado.
Outro atrativo do "Explorer 4.0" é o "NetShow", que permite ver e ouvir gravações ao vivo sem ter de transferi-las para o micro, como se fosse a TV dentro do PC.
A TV, por sua vez, agrega funções de navegação. Empresas como Sharp, Samsung e Sanyo pretendem comercializar no Brasil televisores que acionam a rede pelo controle remoto.
Já Philips, Sony e Philco criaram caixas de US$ 300 a US$ 400 para acoplar à TV e navegar pela Web direto do sofá, também por controle remoto ou teclado sem fio.
TVs e cibercaixas devem desembarcar no Brasil a partir do segundo semestre.

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