São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 1997
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UNE analisa decreto de FHC

DA REPORTAGEM LOCAL

O decreto do presidente Fernando Henrique Cardoso, na opinião do presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Orlando Silva Júnior, abre uma perspectiva de mercantilização definitiva do sistema educacional brasileiro.
"O governo está mercantilizando o ensino totalmente. A educação não pode ser tratada como um abacaxi ou um sabonete no supermercado", afirmou.
Segundo ele, a UNE pretende analisar a constitucionalidade do decreto presidencial.
Ele disse que o decreto vai contra afirmações feitas pelo ministro da Educação, Paulo Renato Souza, de que todas as escolas particulares seriam obrigadas a reinvestir os seus lucros nas próprias instituições.
A tradição até hoje, segundo afirmou Silva Júnior, tem sido das universidades cumprirem burocraticamente os critérios definidos pelo governo para a criação de cursos.
"Agora só falta o governo definir qual a taxa de lucro para ser o capitalismo sem riscos na educação", disse.
Ele admite a importância da transparência na gestão financeira das instituições prevista pelo decreto, mas defende auditorias também nas contas passadas das universidades para que o valor real das mensalidades possa ser fixado.

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