São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 1997
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Perito vê preparação em fitas

DA SUCURSAL DO RIO

Nomeado pelo juiz José Geraldo Antônio observador da acusação, o perito Nélson Massini disse ontem que as fitas que inocentam 14 réus foram "preparadas".
Segundo Massini, as conversas gravadas teriam sido combinadas com o objetivo de obter inocência.
"Mesmo que os peritos não comprovassem a existência de uma montagem técnica, eles tinham que usar um critério subjetivo e compreender que elas foram produzidas por alguém interessado no processo", afirmou Massini.
Responsável pelo laudo que considera as fitas autênticas, o perito Ricardo Molina, coordenador de fonética da Unicamp, não aceitou as afirmações de Massini.
"Pode ser a opinião dele, mas não sei em que se baseou, já que não teve acesso aos laudos nem às fitas", disse Molina, convocado para depor no julgamento.
O laboratório de fonética da Unicamp recebeu seis fitas. Oito acusados submeteram amostras de vozes para comparações. A perícia concluiu que as vozes gravadas eram as mesmas das amostras.
A controvérsia sobre a perícia das fitas é o mais recente capítulo de uma disputa entre os peritos Fortunato Badan Palhares, da Unicamp, e Nélson Massini. Os dois se desentendem desde que trabalharam juntos na Unicamp.

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