São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 1997 |
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Programa inclui "Soon" e a nova "Some Song"
ANA FRANCISCA PONZIO
"Estamos redefinindo nossa relação, pois eu não tinha condições de residir na França. Em vez de coreógrafo-residente, agora sou um amigo do Ballet de Lyon, sem os compromissos anteriores, que prejudicavam o trabalho com meu próprio grupo", diz. Com seu talento e carisma, Jones ganhou platéias fiéis. Décimo filho de uma família negra de 12 irmãos, Jones fundou seu grupo em 1982 com seu companheiro Arnie Zane, que morreu de Aids seis anos depois. A partir daí, intensificou sua militância política, que artisticamente culminou no espetáculo "Still/Here". O sentido de urgência transmitido pela arte de Jones se estendeu à autobiografia que ele lançou em 1995, "Last Night on Earth" (Última Noite na Terra), ainda inédita no Brasil. Hoje, depois de criar mais de 40 obras para seu grupo, o Bill T.Jones/Arnie Zane Dance Company, Jones também atua como coreógrafo convidado de companhias internacionais. Na televisão, também já realizou vários programas especiais. Nos espetáculos da temporada brasileira, Jones não incluiu "Still/Here". "Está fora do atual repertório de meu grupo." É certo, no entanto, que apresentará "Soon" (89), que será mostrado em suas três versões: dançado por dois homens, por duas mulheres e finalmente por um homem e uma mulher, ao som de "September Song", de Kurt Weill e Maxwell Anderson, na voz de Lotte Lenya. O elenco de Jones ainda dançará o novíssimo "Some Song", que melhor demonstra as mudanças que ele vem imprimindo à sua escritura coreográfica. "É uma peça cheia de virtuosismo, que salienta o inter-relacionamento dos bailarinos". (AFP) Texto Anterior: Soropositivo dança a urgência Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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