São Paulo, sábado, 19 de abril de 1997 |
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FHC e a mídia
NELSON DE SÁ
Antes falou exclusivamente ao Hoje, Jornal Nacional e Jornal da Globo, anteontem, e ao Bom Dia São Paulo, ontem -com a desculpa de que este completava 20 anos. Ainda ontem, falou à versão da Globo no rádio, a CBN. Ao mesmo tempo, a todo o Sistema Globo de Rádio, à rádio Gaúcha e a toda a rede Radiobrás, do governo. Sempre um sedutor, desfiou a argumentação conhecida sobre a reforma agrária, repetindo argumentos obsessivamente. Falando repetidamente em "avançar juntos", usando sempre as mesmas palavras. Vício de campanha. Colocou-se sempre ao lado dos sem-terra. Na CBN: - Eu entendo, em certas circunstâncias... eu posso até compreender as razões pelas quais existe ocupação... Compreende até a "ocupação", que já nem trata por "invasão". Mais, para todas as emissoras, ontem: - O presidente, em certos momentos, deve ouvir, ouvir muito, com humildade, para poder aprender... E mais: - É bom que haja pressão. Ajuda o Brasil a andar. Ajuda o governo a melhorar... Pedindo "convergência", rogou até a mídia, que usava naquela exato momento: - ... membros da mídia têm importância muito grande, em ajudar a criar um clima que permita o avanço... * O que houve nos últimos dois, três dias foi sobretudo, para os sem-terra e para FHC, uma peleja de "mídia". Tanto é que o mais que FHC lembrou, como efeito concreto do encontro, foi a criação de uma "comissão" para tratar dos pedidos dos sem-terra. E lembrou gaguejando, talvez acanhado com a burocracia resultante de tudo. Texto Anterior: BC prepara denúncia de instituições Próximo Texto: Casoy desmente que dirigirá jornalismo Índice |
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