São Paulo, domingo, 20 de abril de 1997 |
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Humildes conduzem o Paraguai ao topo
RODRIGO BUENO
Os zagueiros Rivarola (Grêmio) e Gamarra (Internacional) e o volante Struway (Lusa) são os "brasileiros" da lista, que ainda tem três "argentinos" (Ayala, Sarabia e Acuña), três espanhóis (Benítez, Rojas e Ferreira), dois "mexicanos" (Díaz e Cardozo) e um "chileno" (Brizuela). O goleiro Chilavert, que atua no Vélez Sarsfield, da Argentina, e o lateral-direito Arce, do Grêmio, são titulares, mas não foram chamados porque estão suspensos. A emigração A alta do futebol no Paraguai fez com que o mercado internacional se abrisse para os jogadores do país. Só para o Brasil, por exemplo, vieram, além dos já citados, Baez (Santos), Villamayor (Corinthians) e Enciso (Internacional). A contratação de paraguaios tornou-se um ótimo negócio devido ao baixo preço dos atletas. Para se ter um parâmetro, o Internacional comprou Gamarra, um dos destaques da seleção paraguaia, por US$ 700 mil. O Corinthians gastou US$ 1,5 milhão em Fábio Augusto e US$ 1 milhão em Sangaletti. O São Paulo desembolsou US$ 1,1 milhão em Adriano, jogador que pouco utilizou. O Inter negociou agora Gamarra com o Benfica, de Portugal, por cerca de US$ 3,8 milhões. A valorização do atleta é explicada pelo volante paraguaio da Lusa Struway. "Os bons resultados obtidos pela seleção fez com que nós, paraguaios, estivéssemos em alta." Para o gremista Arce, o baixo custo não é a única vantagem em se comprar atletas paraguaios. "Além de barato, o jogador de nosso país gosta muito de trabalhar", diz o lateral-direito. Isasi, 24, lateral-direito paraguaio comprado pelo São Paulo, também vê outros fatores. "Nós temos garra, disposição, somos humildes e queremos nos sobressair", afirma. Os jogadores são unânimes em afirmar que há muito tempo o futebol paraguaio não vivia uma fase tão frutífera, mas as explicações para esse "boom" são muitas. "O futebol paraguaio cresceu com a venda dos direitos de TV do Campeonato Paraguaio após o Mundial de 94", diz Isasi. "Desde 92, quando fizemos grande campanha no Pré-Olímpico e fomos disputar os Jogos de Barcelona, o Paraguai vem subindo de produção", diz Arce. Texto Anterior: Federação ignora concorrência Próximo Texto: País volta a falar em Mundial após 11 anos Índice |
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