São Paulo, domingo, 20 de abril de 1997
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Cassinos são 43% do orçamento

JAIME SPITZCOVSKY
DO ENVIADO ESPECIAL

Importante ímã turístico, os nove cassinos do território respondem por 43% do orçamento de Macau e se reúnem num monopólio controlado por Stanley Ho, um empresário de origem chinesa. Seu contrato de exploração termina em 2002, e, como ainda não foi definido o futuro esquema, já começou uma disputa entre grupos mafiosos interessados em se fortalecer para abocanhar eventuais fatias do controle do jogo.
Tal "guerra" seria um dos motivos para a atual onda de violência que quebra a tradicional calmaria de Macau. Nos últimos meses, a onda de atentados e tiroteios matou nove pessoas.
Os grupos mafiosos, muitos deles com conexões na China e em Hong Kong, também querem fortalecer sua influência no território para controlar a indústria da extorsão, prostituição e narcotráfico.
A esmagadora maioria dos turistas, no entanto, continua a visitar templos de apostas, como o Hotel-Cassino Lisboa.
Chineses, japoneses ou cingapurianos dominam a paisagem de um cassino que não carrega o glamour que costuma caracterizar as casas de apostas do Ocidente.
No Hotel-Cassino Lisboa, não são exigidos trajes especiais. Jogadores vestem camiseta e carregam chinelos.
(JS)

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