São Paulo, domingo, 20 de abril de 1997
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Redes se espalham pelo interior

NELSON ROCCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Várias redes de franquia estão surgindo -e crescendo- no interior do país. Como alternativa ao eixo Rio-São Paulo, as "franquias caipiras" apostam no potencial regional e pesonalizam o atendimento dado ao consumidor local.
O Centro Cultural Americano, com sede em Campinas (99 km a noroeste de São Paulo), está há 14 anos no mercado. Há dois, estreou no setor de franchising.
Igor Tadeu Trafane, 24, diretor de franchising da escola de línguas, conta que a empresa tinha uma unidade quando decidiu se expandir por franquias.
Hoje, já são nove franquias em Campinas, Mogi Guaçu, Araras, Jaboticabal e Cosmópolis (todas no interior do Estado), além de Brasília (DF) e Vitória (ES).
O investimento numa escola varia de R$ 30 mil a R$ 50 mil, "dependendo do total de habitantes".
"Nossa meta é abrir 40 unidades em dois anos. A instalação das escolas será bem espalhada, porque o interior do Estado de São Paulo é muito promissor", acredita.
A previsão de faturamento pode variar de R$ 60 mil a R$ 70 mil, dependendo do número de alunos.
Alex Chung, 35, diretor da consultoria Asia Network Corporation, também de Campinas, diz que escolheu a cidade porque acredita "no crescimento da economia a partir do interior".
Chung estima que na região de Campinas já existem cerca de 50 franqueadores. Sua empresa é a responsável pela formatação das redes Country Foods e Siena.
"Estamos formatando, também, o Café Pachá, que terá sede em Piracicaba (170 km a noroeste de São Paulo), e a Futebol University, um centro esportivo com hotelaria, do craque Júlio César, que foi da seleção brasileira", diz.
Marcos Paulo Rocha Casalechi, 40, sócio do Siena Fast Food, diz que criou a franquia para atuar em shopping centers. "É o local onde as pessoas estarão se alimentando no futuro", afirma.
O investimento para uma loja Siena Fast Food é de cerca de US$ 100 mil. A taxa de franquia é de R$ 30 mil. A previsão de faturamento mensal inicial é de R$ 60 mil.
Inaugurado há quatro meses em Campinas, o Country Foods consumiu investimento de R$ 400 mil.
A empresa pretende ter cinco unidades franqueadas no primeiro ano de atividade e já está negociando unidades em Paulínia, Piracicaba e Alfenas. O investimento para uma unidade do bar e restaurante é de cerca de US$ 200 mil, já incluindo a taxa de franquia.
A escola de informática Nexus, com sede em Araras (170 km a noroeste de São Paulo), está há dois anos atuando no franchising.
O franqueador da rede, Jorge Leandro Rodrigues, 32, diz que tem apenas três franquias (Rio Claro, Cordeirópolis e Leme).
O investimento para uma escola varia de R$ 20 mil a R$ 40 mil, dependendo do porte da cidade. A taxa de franquia é de R$ 10 mil.

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