São Paulo, segunda-feira, 21 de abril de 1997
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Obra destrói ponte do século 19

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BARÃO DE COCAIS

Obras no desvio ferroviário Costa Lacerda/Capitão Eduardo, da Vale do Rio Doce, destruíram em 1992 uma das duas pontes construídas em pedra pelos ingleses no século passado, em Barão de Cocais (a 93 km de Belo Horizonte).
As pontes, de importante valor histórico, foram construídas por volta de 1825, quando os ingleses instalaram a mina Gongo Soco, a primeira mineração estrangeira com alta tecnologia do país.
Para compensar a destruição, a Vale negociou com o Iepha (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico) de Minas o financiamento de pesquisas arqueológicas e históricas no Gongo Soco, tombado depois do acidente que destruiu a ponte. Até agora a Vale já investiu R$ 135 mil.
Santa Bárbara
A Prefeitura de Santa Bárbara quer que a Vale do Rio Doce banque a criação de um parque de 41 hectares (correspondente a quatro campos do tamanho do Maracanã), destinando ao município R$ 1,6 milhão.
Esse é o preço cobrado pela cidade por causa da "devastação" promovida pela Vale em Santa Bárbara, segundo o secretário de Obras, Carlos Magno Melo.
Em função das obras da variante ferroviária no município, o córrego do Basílio e o córrego do Brandão foram atingidos por acúmulo de sólidos, causando assoreamento. Santa Bárbara, pelos dados da Vale, já recebeu da estatal nos últimos 15 anos US$ 1,4 milhão.
(PP)

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