São Paulo, segunda-feira, 21 de abril de 1997 |
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Grandes apostam na "regionalização" Briga deverá ser acirrada no interior do país LAURO VEIGA FILHO
A palavra de ordem, estrategicamente adotada pelas marcas líderes, é "regionalização". Alvo escolhido: todo o Centro-Oeste e parte da região Norte. A decisão foi provocada por pesquisas que mostram avanço das marcas regionais naqueles mercados, com perdas especialmente para a Pepsi e Antarctica. No começo de março, a Pepsi lançou a Mirinda -sabores laranja e uva- nos Estados do Amazonas, Acre, Pará, Rondônia e Mato Grosso. A intenção é recuperar o terreno já perdido: a participação da empresa no Centro-Oeste baixou de 13,2% em 96 para 10,1% em janeiro passado. Investimentos "A segmentação do mercado foi definida em nosso plano estratégico, entre junho e julho do ano passado. Mas a implementação dessa política ocorrerá a partir deste ano", afirma Fernando Morey, diretor-geral da Coca-Cola para o distrito Norte (que inclui também as regiões Nordeste e Centro-Oeste). O próprio distrito foi criado recentemente pela empresa, seguindo a nova filosofia. O mercado do Centro-Oeste representa 6,4% das vendas da Coca-Cola e vai receber investimentos, neste ano, de R$ 70 milhões. Metade dos recursos será aplicada na construção de uma nova fábrica, em Cuiabá (MT), a cargo do grupo Renosa. A Brahma já havia se antecipado, criando uma gerência comercial exclusiva em Goiás e investindo US$ 8 milhões na construção de uma fábrica de refrigerantes em Anápolis (GO) em 96. Inaugurada em janeiro passado, a fábrica permitirá à empresa dobrar sua produção para 32 milhões de litros por ano. A Brahma já começou a colher os primeiros frutos da regionalização: sua participação no mercado do Centro-Oeste saltou de 1,6% para 4,5%. Mercado potencial Dados indicam que a região Centro-Oeste obteve a maior taxa de crescimento nas vendas de refrigerantes no ano passado. Em 96, o consumo de refrigerantes da Coca-Cola cresceu 12,9% nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, contra aumento de 7,9% no Sul-Sudeste. "Nossos estudos apontam amplo potencial de crescimento do Centro-Oeste", declara Fernando Tadeu dos Santos, gerente comercial da Cebrasa (Cervejaria Brasília S/A), representante da Brahma na região. Segundo dados da Nielsen, as marcas líderes respondiam por 75,6% de todo o mercado de refrigerantes no Centro-Oeste do país em janeiro de 96. A participação baixou para 74,5% no mesmo período deste ano. Texto Anterior: Aparelho faz jornal carioca vender até 40% mais Próximo Texto: Pequenos travam batalha para sobreviver Índice |
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