São Paulo, terça-feira, 22 de abril de 1997
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Vendas em Londrina e Campo Grande mostram recuperação

Negócios com gado estão aquecidos como reflexo da boa safra

DA REPORTAGEM LOCAL

Somados, somente os negócios com animais nas duas mostras totalizaram R$ 3,368 milhões. Londrina apurou R$ 2,082 milhões, contra R$ 1,286 milhão de Campo Grande.
Mas o que foi mais comemorado pelos organizadores foi a retomada dos negócios com máquinas agrícolas, como colheitadeiras, cujo movimento em 96 foi praticamente inexistente.
"Todo mundo saiu sorrindo de Campo Grande. Os agricultores estão otimistas com os preços mínimos e há competitividade com os custos", afirma João Ayub, presidente da Acrissul (Associação dos Criadores do Sul), entidade que promoveu a feira no Mato Grosso do Sul.
A boa safra, segundo Ayub, permitiu a reação. "A inadimplência diminuiu, o agricultor está equacionando seu negócio e enxugando os gastos, fatores que lhe permitem pensar no futuro e investir", diz ele.
Ayub calcula que as revendedoras de máquinas agrícolas faturaram cerca de R$ .
Gado não retornou
Quem levou animais para vender em Campo Grande e Londrina não retornou com eles para a fazenda.
"Houve muita liquidez. Do zebu ao gado europeu a procura foi grande", diz João Ayub.
Ele destaca um leilão de gado pardo-suíço, usado no Brasil para produzir leite, cujos machos foram vendidos à média de R$ 2.800, enquanto as fêmeas alcançaram R$ 2.600. "Havia somente animais jovens", afirma.
Em número, porém, o nelore e o nelore mocho foram os mais vendidos, 1.108 animais. Das raças de sangue europeu, como canchim, brangus e pardo-suíço, foram comercializadas 272 cabeças.
"A maioria do gado nelore vendido era para reposição, pois foi grande a matança de vacas no ano passado", afirma Ayub.
Ele destaca ainda o leilão de gado brangus, cuja média por arroba foi de R$ 92.
Limousin de R$ 39,6 mil
Os 26 pregões realizados em Londrina venderam 3.927 animais e o faturamento alcançou R$ 2,082 milhões.
Segundo os organizadores, o melhor leilão de Londrina foi o 3º Limousin Carcaça Show, dia 3 de abril último, que vendeu 44 animais por R$ 234,4 mil e obteve média superior a R$ 5.300.
Foi ainda nesse leilão que aconteceu a venda do animal mais caro da mostra paranaense.
A vaca Waddles Krista, de cinco anos e meio de idade, apresentada pelo criador Toni Salloun, saiu por R$ 39,6 mil na batida do martelo.
Ela foi comprada pela Fazendas Reunidas Boi Gordo, de São Paulo.
Os organizadores da feira explicam que a raça limousin é uma das mais procuradas para cruzamento industrial com o zebu na região.

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