São Paulo, terça-feira, 22 de abril de 1997
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Indústria do gesso prevê dobrar produção em menos de 3 anos

Aumento do imposto de importação estimula produtor

ANA MARIA GUARIGLIA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A elevação da alíquota de importação do gesso de 4% para 56% deu novo ânimo à indústria brasileira.
Com o fim da concorrência do produto importado, os empresários do setor prevêem a ampliação de fábricas existentes e investimentos em novos empreendimentos.
"Os empresários preparam um grande salto e esperam dobrar a produção em menos de três anos", afirma Josias Inojosa, presidente do Sindugesso (Sindicato das Indústrias de Extração e Beneficiamento de Gipsita e seus Derivados).
Atualmente, a produção brasileira de gesso gira em torno de 1,2 milhão a 4 milhões de toneladas por ano.
O Estado de Pernambuco é responsável por 94% da produção nacional. São 250 indústrias, instaladas nos municípios de Araripina, Trindade, Bodorô, Ouricuri e Exu. Elas faturam cerca de R$ 60 milhões por mês.
Incentivos
"Os empresários locais têm grande interesse em investir em novos projetos", diz Inojosa.
O governo estadual concede incentivos fiscais -redução de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), por exemplo- para as empresas que queiram investir ou ampliar unidades em Pernambuco.
A indústria do gesso de Pernambuco abastece as regiões Sul e Sudeste com o carregamento de cerca de 6.000 caminhões por mês.
As dificuldades existentes para o escoamento da produção foram debatidos durante a realização da Gypsum Fair'97, a 1ª Feira Internacional de Tecnologia, Produtos, Serviços, Aplicações e Uso de Gesso, realizada no início do mês em Olinda (PE).
"O crescimento do mercado brasileiro depende de investimentos na área de transportes", diz João Recena, secretário da Indústria e Comércio.
A Gypsum Fair reuniu cerca de 130 empresas entre os dias 2 e 5 no Centro de Convenções de Pernambuco. O evento recebeu a visita de 10 mil pessoas e gerou cerca de R$ 25 milhões em negócios.

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