São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 1997
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Bolsa de Nova York tem forte oscilação

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Bolsa de Nova York tem registrado nos últimos dias uma forte oscilação. Depois do pessimismo que tomou conta do mercado anteontem e fez as cotações caírem em média 0,65%, o dia ontem foi de otimismo: alta de 2,6%.
A explicação para o otimismo do mercado ontem estava na falta de notícias importantes sobre o ritmo da economia norte-americana, que tem ditado as idas e vindas dos preços em Wall Street.
Contribuiu para a alta de ontem a queda nos rendimentos pagos pelos títulos de 30 anos da dívida norte-americana, os chamados T-bonds.
Ontem esses títulos pagavam no final do dia ao investidor uma taxa anual de 7,04%. Na semana passada, essa taxa chegou a ser de 7,17% ao ano.
A queda do rendimento faz com que muitos recursos migrem para investimentos de risco, o que beneficia as Bolsas de Valores, aumentando a demanda por ações.
O comportamento da Bolsa de Nova York ontem faz lembrar a expressão "exuberância irracional", cunhada pelo presidente do banco central dos EUA, Alan Greenspan.
Com essa expressão, o presidente do Fed começou a alertar o mercado, ainda no final do ano passado, da possibilidade de alta dos juros para evitar um possível repique inflacionário.
Essa alta de fato ocorreu, no final de março, quando o Fed subiu a taxa básica da economia de 5,0% ao ano para 5,25%.
Gradualismo
Os investidores, no entanto, não ficaram convencidos de que a alta dos juros já terminou.
Isso porque em 1994, quando o Federal Reserve mudou o patamar dos juros básicos pela última vez, a estratégia adotada foi a do gradualismo, o que parece que deve acontecer novamente agora.
Mesmo assim os investidores já estão sentindo na pele os efeitos dos juros em alta. Depois de ultrapassar os 7.000 pontos, em março, o Dow Jones encerrou o dia ontem a 6.833.

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