São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 1997
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Reajuste do mínimo ainda está indefinido, mas deve ser de 6%

Maior pressão por aumento menor vem da Previdência

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo deve definir nos próximos dias um reajuste de cerca de 6% para o salário mínimo. Com isso, o mínimo passaria, em maio, dos atuais R$ 112 para R$ 118,72.
O Orçamento Geral da União foi elaborado com previsão de recursos suficiente para um reajuste do mínimo para R$ 119 (6,25%) a partir de maio.
Além disso, o índice de 6% seria compatível com a inflação esperada para 1997.
No último dia 18, o presidente Fernando Henrique Cardoso se confundiu ao mencionar o valor do mínimo. "Hoje, R$ 118 é pouquíssimo, mas é três vezes mais do que o médio do ano passado".
Segundo a Folha apurou ontem junto a técnicos ligados à área econômica do governo, a decisão final não está tomada, mas o novo valor do mínimo deve ser definido no final deste mês ou, na pior das hipóteses, no início de maio.
Tradicionalmente, o salário mínimo é reajustado em maio. A legislação atual, porém, não prevê nenhuma regra e nenhum tipo de reajuste neste ano.
As contas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que paga um salário mínimo para 9 milhões de segurados, vão pesar na definição do reajuste.
Os benefícios para aposentados e pensionistas serão reajustados em junho, por determinação legal.
Pelos números do governo, a Previdência iniciou os três primeiros meses do ano no vermelho. Isto é, teve que recorrer a empréstimos bancários para pagar aposentadorias e pensões.
Não havia dinheiro em caixa para pagar os segurados que recebem nos dois primeiros dias úteis do mês.

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