São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 1997
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PERFIL

Arthur Antunes Coimbra, o Zico, 44, busca como dirigente o mesmo sucesso que teve como jogador.
Em 23 anos de profissionalismo, consagrou-se como o mais importante jogador brasileiro desde Pelé. É o maior artilheiro do Flamengo, com 520 gols.
O clube que possui, o Rio de Janeiro FC, fez neste ano sua estréia, disputando a série intermediária da primeira divisão do Rio. É na prática a terceira divisão.
Em três jogos, acumula quatro pontos e está em quarto lugar, fora da zona de acesso (sobem dois).
Zico, membro de uma família de jogadores (Coimbra e Edu), começou aos 14 anos no Flamengo.
Dos 15 aos 17 anos submeteu-se a programa de superalimentação e treinos que o fizeram ganhar 11 cm e peso. Por isso, foi tachado de "craque de laboratório".
No profissional, liderou a geração que conquistou três títulos brasileiros, sete estaduais, um sul-americano e um mundial.
Jogou duas Copas do Mundo, em 1982 e 1986. Entre uma e outra, atuou pela Udinese, da Itália. Foi o destaque de um time pequeno na sua melhor fase.
Na volta ao Flamengo, seu maior título foi o do módulo verde do Brasileiro-87.
Em 1990, foi secretário de Esportes do governo Collor de Mello. Saiu em 1991, mas seu projeto para o esporte só virou lei em 93.
Na mesma época, voltou ao futebol. Foi jogar no Sumitomo Metals, do Japão. Em 93, esse time viraria o Kashima Antlers, que fundou a J-League.
Em 1994, após 956 jogos e 697 gols como profissional, aposentou-se, voltou ao Brasil e começou a erigir o Centro de Futebol Zico.
Em 1995, criticou os rumos da administração do Flamengo. Atacado, decidiu se calar. Em setembro de 1996, fundou o primeiro clube-empresa do país.

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