São Paulo, sexta-feira, 25 de abril de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Inquérito dirá que foi intencional

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O delegado Valmir de Carvalho encaminha hoje ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal o inquérito sobre a morte do índio pataxó Galdino Jesus dos Santos.
Carvalho disse que vai "enquadrar" os quatro jovens acusados de incendiar o índio -Tomás Oliveira de Almeida, Eron Chaves de Oliveira, Max Rogério Alves e Antônio Novély de Vilanova- em homicídio doloso (intencional) e corrupção de menores.
Os quatro estavam acompanhados do menor G.N.A.J., 16.
O delegado afirmou, com base nos depoimentos das testemunhas que socorreram o índio e de G.N.A.J, que Galdino dos Santos não usava cobertor no momento do crime, como afirmaram os quatro outros suspeitos.
O menor disse em seu depoimento que o álcool foi jogado nas pernas do índio, sem citar a existência do cobertor.
Ontem, Valmir de Carvalho ouviu o depoimento de todas as pessoas que socorreram o índio pataxó na madrugada de domingo.
Entre eles, Evandro Pertence, filho do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Sepúlveda Pertence. Evandro Pertence foi o primeiro a socorrer o índio, tentando apagar o fogo com o paletó.
Nota
O juiz federal Novély Vilanova da Silva Reis, pai de um dos acusados, divulgou ontem nota reafirmando que o julgamento do seu filho será isento.

Texto Anterior: Morte de índio deve ir à Justiça Federal
Próximo Texto: Para fazendeiro, ocupação foi ilegal
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.