São Paulo, sexta-feira, 25 de abril de 1997
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Amigo diz não ter ouvido plano

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O estudante Otávio Hermont Cançado, 19, amigo dos acusados de incendiar o índio Galdino Jesus dos Santos, afirmou ontem que a "brincadeira" não foi planejada enquanto o grupo estava junto.
Otávio esteve com o grupo na noite do crime até as 2h30 ou 3h.
A pena pode ser aumentada se ficar provado que o crime foi premeditado. "Eu não ouvi nada, inclusive todo o tempo a gente esteve em carros separados", disse.
Minutos depois de Cançado ter ido para casa, segundo depoimento de um dos acusados, o índio foi visto na parada de ônibus.
"É o tipo do negócio, eles ficam na rua até muito tarde sem ter nada para fazer e foram inventar alguma coisa para fazer e deu errado", disse Otávio.
Otávio, Max, Novély e Eron são amigos há mais de um ano. Os outros dois (Tomás e seu irmão G.N.A.J.), conheceu naquela noite.
"Fazia muito tempo que eu não via o Novély, o Max e o Eron. A gente se encontrou na rua. Acabei indo embora porque eu sou sempre o que quer voltar antes."
Otávio disse que sai dos lugares antes dos colegas porque está se preparando para fazer vestibular para relações internacionais.
O pai de Otávio, que não quis ser identificado, afirmou que confia na educação que deu ao seu filho e defende maior rigor dos pais.
"Eu dou uma formação mineira para os meus filhos (Otávio tem um irmão mais velho), com bastante rigor. Eu sempre sei onde eles estão", afirmou.
Para ele, a explicação para o fato de Otávio não ter acompanhado o grupo na "brincadeira" está na sua boa educação.

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