São Paulo, sexta-feira, 25 de abril de 1997
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CMN estimula a compra externa de adubos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo autorizou ontem as revendedoras e distribuidoras de fertilizantes e defensivos utilizados na agropecuária a ter acesso a recursos captados no exterior com juros mais baixos que os praticados no mercado interno.
A medida teve o objetivo de impedir que o setor agrícola seja prejudicado com as restrições feitas às importações no mês de março. Cerca de 50% do consumo interno de fertilizantes é importado.
A indústria brasileira importa os insumos e faz a mistura. O governo vinha estudando uma linha de crédito especial como uma alternativa para evitar o aumento do custo dos fertilizantes e defensivos.
Com as medidas de restrição às importações do mês passado, as revendedoras e distribuidoras tinham que fazer o pagamento dos insumos à vista. A mudança foi autorizada ontem pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).
Segundo o diretor de Normas do Banco Central, Alkimar Moura, a idéia é distribuir melhor os recursos dentro do setor.
O CMN também ampliou ontem de quatro para seis meses a base de referência dos bancos para recolher os recursos destinados à agricultura. As instituições bancárias são obrigadas a destinar 25% dos depósitos à vista ao setor.
A multa de 20% sobre os recursos não recolhidos no prazo caiu para 10%. Moura disse que as mudanças tiveram o objetivo de adequar os recursos para a agricultura conforme o período de safra.
Com a cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) os depósitos em fundos de investimento migraram para depósitos à vista.
Com isso, somente o Banco do Brasil teve um acréscimo de R$ 610 milhões, até abril, de recursos liberados para a agricultura.

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