São Paulo, sexta-feira, 25 de abril de 1997 |
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Mínimo subirá para R$ 120; reajuste perde para inflação VIVALDO DE SOUSA VIVALDO DE SOUSA; SHIRLEY EMERICK
O ministro Pedro Malan (Fazenda) anuncia hoje o novo salário mínimo a partir de 1º de maio. A Folha apurou que o mínimo vai subir de R$ 112 para R$ 120, conforme proposta que será entregue ao presidente Fernando Henrique Cardoso. Isso representa um reajuste de 7,14%. De 1º de maio de 1996 (data do último reajuste) até o dia 30 deste mês, a inflação acumulada deve ficar em 8%, segundo estimativa com base no IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe. Assim, o reajuste do mínimo deve ser inferior ao índice de inflação do período. O governo argumenta, porém, que o reajuste do mínimo deve ser comparado com a estimativa de inflação futura. O anúncio do novo salário mínimo será feito por Malan em cadeia de televisão e rádio. Tradicionalmente, o valor do salário mínimo é anunciado sempre no dia 1º de maio. Neste ano, o governo resolveu antecipar o anúncio. Aposentados Só na Previdência Social são quase 8 milhões de aposentados e pensionistas cujos benefícios são de um salário mínimo. O aumento será pago a partir de lº de junho. Todos os segurados da Previdência Social que recebem entre R$ 112 e R$ 120 terão seus benefícios elevados para o novo salário mínimo. São aproximadamente 11 milhões de segurados, conforme dados do governo. Quem recebe mais de um salário mínimo -R$ 120 a partir de maio- terá reajuste em junho, conforme a atual legislação. Nesse caso, o governo trabalha com um aumento de aproximadamente 7% que será pago a partir de julho. A proposta inicial do governo era reajustar o salário mínimo em maio em 6,5%. Se isso fosse feito, o mínimo passaria para R$ 119,28. Para facilitar, a equipe econômica resolveu fixar em R$ 120. Dados do Ministério do Trabalho mostram que apenas 4,29% dos trabalhadores com carteira assinada receberam até um salário mínimo em 95. Isso significa que de um contingente de 23,59 milhões, 1,012 milhão receberam o mínimo. Esse reajuste terá um impacto maior no Nordeste. Na região, 26,45% dos trabalhadores do mercado formal recebem até 1,1 salário mínimo, R$ 123,20. Texto Anterior: Protesto deixa 4 feridos na França Próximo Texto: Setor privado não sofre impacto, diz Mailson Índice |
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