São Paulo, sexta-feira, 25 de abril de 1997
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PERFIL

Fábio André Koff, 65, tenta implantar no Clube dos 13 a filosofia administrativa que, em quatro anos, levou o Grêmio de uma situação de quase falência a uma era de prosperidade e títulos.
Koff começou no esporte nas categorias amadoras do Atlântico, de Erechim (RS), da segunda divisão. Jogava como meia, mas logo deixou o campo. Virou treinador (dirigiu o Ipyranga, em 1960), mas também não seguiu carreira.
Em 65, foi aprovado em concurso para juiz de Direito. Até 73, trabalhou no interior gaúcho.
Em 1976, conselheiro há três anos, chegou à vice-presidência do clube com autorização do Tribunal de Justiça. Mas no ano seguinte o tribunal negou-lhe a licença e ele não pôde recandidatar-se (o mandato da diretoria era de um ano; em 1982 passou a ser de dois).
Só voltou a ser dirigente em 1981, quando se aposentou. Em dezembro, logo após a primeira conquista do Brasileiro pelo Grêmio, foi eleito presidente.
No ano seguinte, mesmo sob críticas, reelegeu-se presidente. Em dezembro, o clube conquistou seu maior título no esporte: o Mundial interclubes. Koff fez seu sucessor e saiu.
Entre 84 e 85, trabalhou na política, sempre subordinado a Pedro Simon, primeiro ministro da Agricultura, depois governador.
Mas em 85 descobriu que tinha câncer numa das cordas vocais e precisou retirá-la -no episódio que considera o maior trauma de sua vida. Precisou até fazer foniatria para aprender a falar com uma corda só.
Recuperado, voltou ao Grêmio em 1987, sendo eleito vice-presidente do Conselho Deliberativo. Como tal, participou da fundação do Clube dos 13.
Em 89, foi eleito presidente do conselho, cargo que deixou em 92, quando foi eleito presidente do clube.
Assumiu em dezembro um clube com apenas 3.000 sócios contribuintes, cheio de dívidas e o estádio parcialmente interditado.
Em quatro anos, saneou as finanças, com uma administração feita por executivos profissionais. No campo, venceu a Copa do Brasil (94), a Libertadores da América (95) e o Brasileiro (96).

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