São Paulo, sexta-feira, 25 de abril de 1997 |
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Dado Bier tem cerveja fraca e comida digna
JOSIMAR MELO
Tanto que reserva um belo espaço para comer: um salão moderno, com cadeiras de belo design, mais dois ambientes de jardim coberto -um conjunto ligeiramente mais recatado que o amplo e ruidoso espaço do bar e danceteria. A atração do bar são os tonéis metálicos de fabricação de cerveja. Que na verdade decepcionam a quem tenta compará-los -como induzem os proprietários- aos das microcervejarias dos Estados Unidos. Como se sabe, a cerveja americana padrão é bastante sem graça. As microcervejarias revelaram aos bebedores de lá novos horizontes: cervejas de vários tipos, com aromas, cores, densidades e sabores de que eles não suspeitavam. Não é o caso da Dado Bier, que oferece mínimas variações, sem qualquer personalidade, do mesmo e monótono tipo de cerveja que impera no Brasil. À parte esta decepção, ao menos a comida do local revela esforço estimulante. Para produzi-la foi chamado um dedicado gourmet, Sandro Giorgi, que começou a se aventurar pela cozinha profissional. Na cozinha italiana ele já se mostrou mais apurado que neste cardápio eclético. No entanto, o acabamento fica acima da média dos bares da cidade. O filé de linguado, por exemplo, vem tenro e sequinho -mas no conjunto, seco demais, devido ao creme de espinafre muito espesso e à farofa de maracujá. Melhor é o filé modernista, com molhos de pimentão amarelo e vermelho, mais fios de batata e brócolis. Na tradição italiana, há massas (como tortelli de mozarela com molho de tomate) e toques brasileiros, como a picanha com purê de alho e lombo grelhado com fritas e alho. Como tudo que almeja um toque de modernidade, a Dado Bier exibe seu balcão de sushi. Texto Anterior: O que ver na Expogourmet Próximo Texto: Cozinha afro-brasileira é diferencial Índice |
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