São Paulo, sexta-feira, 25 de abril de 1997
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SANDRA WERNEK

"Meu cinema vem da minha formação de documentarista. No 'Pequeno Dicionário Amoroso' isso está presente, por exemplo, quando as pessoas falam para a câmera. É uma tentativa de colocar o lado psicanalítico, com o rosto aparecendo, como no documentário. Além disso, eu poderia dizer que tenho alguma coisa dos filmes do Arnaldo Jabor e de 'Todas as Mulheres do Mundo'.
Do cinema americano, o cineasta que eu gosto é o Woody Allen, porque trata do cotidiano com essa dimensão psicanalítica que eu tenho no 'Pequeno Dicionário Amoroso'. Também citaria o Truffaut.
Eu acho que a diversidade é uma característica muito importante e deve ser garantida com unhas e dentes: que haja filmes distintos, espaços para filmes distintos, com diversas cores e sotaques.
Não existe essa idéia de 'vou atingir o público'. Você tem que fazer o projeto que ache coerente. No meu caso, surgiu a idéia de uma pesquisa para descobrir o público-alvo do filme. Imaginava-se gente entre 20 e 30 anos... Descobri que o meu público-alvo é de 12 anos! Encontro adolescentes na rua que viram o filme três vezes!"

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